Programas Culturais na cidade de Niterói durante a COMPÓS 2024

O CAMINHO NIEMEYER e seus 7 monumentos:

O Caminho Niemeyer emoldura uma parte da orla da cidade e é um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. O complexo arquitetônico, voltado para a cultura, manifestação do Modernismo Brasileiro, representa o segundo maior acervo do arquiteto, atrás apenas de Brasília. Com uma extensão de 11 km que se estende desde a Praça do Povo, localizada no Centro de Niterói, até a Estação do Catamarã, no bairro Charitas, Zona Sul de Niterói, abriga museus, praças, cinemas e teatros. 

Teatro Popular

Inaugurado em 2007, construído em concreto armado, com rampa helicoidal, possui em sua face noroeste, voltada para a baía de Guanabara, envidraçamento duplo, na face oposta, recebeu acabamento em azulejo amarelo e pinturas do próprio arquiteto. Seus painéis retratam 3 desenhos alegóricos de mulheres, uma manifestação popular a agitar bandeiras e uma mulher que dança – estampados em dois painéis cerâmicos. O palco apresenta parte posterior reversível, que se abre para uma ampla praça, podendo abrigar espetáculos ao ar livre que ampliam sua capacidade máxima.

Museu da Ciência e Criatividade/Escola do Conhecimento

O prédio, inaugurado em 15 de dezembro de 2010, foi construído sobre um espelho d’água para receber exposições e eventos culturais. A construção segue formato de caracol e a rampa principal dá acesso direto ao mezanino, reservado para exposições. O diferencial fica por conta da forte acústica em seu interior. 

Memorial Roberto Silveira/Centro da Memória da História e da Literatura Fluminense

Inaugurada em 2003. O prédio abriga acervo histórico e iconográfico de Niterói, com mais de 200 mil títulos digitalizados contendo dados da cidade de Niterói, do Estado do Rio de Janeiro e da vida do ex-governador Roberto Silveira. Contém ainda terminais de computadores para consultas eletrônicas, espaço para exposições, central de informação e impressão de dados pesquisados, auditório e painel do artista plástico Cláudio Valério Teixeira retratando a história do governador Roberto Silveira. Abriga também a primeira biblioteca virtual da cidade, dedicada exclusivamente a autores fluminenses.

Centro de Atendimento ao Turista (CAT)

Conta com atendentes em 3 idiomas, oferecendo aos turistas e visitantes todas as informações sobre a cidade, suas belezas, atrativos e serviços turísticos.

Praça Juscelino Kubitschek

Praça JK é um complexo paisagístico e arquitetônico, que faz uma síntese dos estilos que marcam a história de Niterói, e fica na região do Aterro da Praia Grande, no trecho entre os bairros do Centro e São Domingos, como homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek.Tem uma escultura em bronze de Oscar Niemeyer e JK sentados num dos bancos da praça olhando uma planta arquitetônica de uma das construções de Brasília e uma grande marquise que liga os dois extremos da praça. A praça serve de mirante para a orla do centro da cidade, para a Ponte Rio-Niterói e para a orla do centro do Rio. Apresenta também a escultura em aço cortén “O Goleiro”, trabalho do artista plástico Rubens Gerchman.

Centro Petrobras de Cinema

Localizado em São Domingos, o Centro Petrobrás de Cinema, idealizado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em formato de rolo de filme, conta com 5 salas de cinema, café, livraria e galeria de artes. O prédio, que tem o formato de um rolo de filme, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, para ser o maior museu de cinema do Brasil. Com três pavimentos, abriga o auditório, o museu, administração, uma sala de projeção e a Sala Nelson Pereira Dos Santos com diversas atividades entre apresentações musicais e teatrais (https://www.culturaniteroi.com.br/salanelson ). O prédio principal abriga cinco salas de exibição da rede Reserva Cultural (https://www.reservacultural.com.br/niteroi/filmes-em-cartaz-2/), uma galeria, bares e restaurantes.

Localizado no Mirante da Boa Viagem, na orla de Niterói, o MAC conta com uma fachada futurística, que oferece ao visitante uma vista panorâmica de 360 graus para a Baía de Guanabara, o Rio de Janeiro e Niterói. Inaugurado em 2 de setembro de 1996, ocupa um espaço de 2.500 m², na paisagem urbana. Em sua área externa, um espelho d’água ao redor do prédio, com uma rampa com piso vermelho, que conduz o visitante aos pavimentos superiores do museu. Internamente, galerias e uma biblioteca são espaços dedicados ao público, além das salas administrativas. O MAC abriga em seu acervo mais de 1.800 obras, cobrindo uma produção que percorre desde  a década de 50 até os dias atuais, da Coleção Sattamini, de arte contemporânea. No subsolo possui um auditório para cerca de 80 pessoas e o Bistrô. 

Dedicado à história política e artística fluminense, o Museu do Ingá está instalado no prédio (1860) do Palácio Nilo Peçanha, no bairro do Ingá, em Niterói, que foi sede do governo do Estado do Rio de Janeiro de 1904 a 1975. O acervo do Museu do Ingá conta com mais de quatro mil itens, distribuídos em coleções, como a Coleção Palácio do Ingá, da antiga sede do governo fluminense; a Coleção de Arte Popular, oriunda do antigo Museu de Artes e Tradições Populares; a Coleção Lucílio de Albuquerque, com obras do artista plástico brasileiro; a Coleção Ernani do Amaral Peixoto, com itens do antigo interventor e governador do Estado do Rio; e a Coleção Banerj, de arte moderna do Brasil, com obras de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Cícero Dias e Emeric Mercier.

O antigo Palacete Bartholdy, hoje conhecido como Solar do Jambeiro, foi construído em 1872 pelo comerciante português Bento Joaquim Alves Pereira, residente no Rio de Janeiro. Em meio à chácara arborizada, ergue-se o sobrado, revestido de azulejos de padrão, típicos das construções portuguesas. Em 1974, a propriedade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Centro de saraus literários e musicais, assim como exposições entre meados da década de 1970 e 1988. Neste último ano, foram leiloados todos os móveis, quadros e demais objetos de decoração. Durante as décadas de 1980 e 1990, o solar esteve fechado, sendo eventualmente arrendado para atividades inadequadas, o que acelerou sua descaracterização e deterioração. Em 12 de agosto de 1997, o Solar do Jambeiro foi desapropriado pela Prefeitura Municipal de Niterói com o intuito de resguardar a sua integridade física e restaurar os aspectos arquitetônicos originais motivadores de seu tombamento. Em 22 de novembro de 2001, o Solar do Jambeiro foi aberto ao público após processo de restauração.

Localizado no bairro do Ingá, esse típico sobrado do século 19 apresenta um espaço dividido em três salas e dois andares disponíveis para o público, com um acervo de cerca de 80 obras de diversas técnicas e artistas. Entre eles, talentos como Adalton Fernandes, Mestre Vitalino, Dim Brinquedim, Fábio Francino e Nicola. Inaugurado em 28 de novembro de 2012, o museu homenageia a arquiteta Janete Ferreira da Costa (3/06/1932 – 28/11/2008), que atuou intensamente no processo de reformulação urbanística de Niterói. Em Niterói, a artista participou da restauração do Solar do Jambeiro, da Igreja de São Lourenço dos Índios, entre outros importantes marcos históricos da sua trajetória, que deixou um legado relevante para a arquitetura social e a valorização da arte popular no município e no país.

Em 1555, Villegagnon instalou, no local onde hoje se encontra a Fortaleza de Santa Cruz, as primeiras peças de artilharia. Mem de Sá melhorou suas instalações em 1567. Posteriormente, a pequena fortificação foi batizada com o nome de Bateria de Nossa Senhora da Guia. No ano de 1599, a pequena bateria abriu fogo contra corsários holandeses que tentavam penetrar na Baía de Guanabara. Seu armamento, em 1612, era de vinte canhões. Quase cem anos depois, em 1710, a fortaleza impediu com sua artilharia a entrada do francês Duclerc. 

Agendamento de visitas guiadas: agendamentofscb@gmail.com

Os alicerces desta fortificação remontam ao ano de 1567, com a implantação de um posto de vigilância no Morro do Pico, como elemento avançado de defesa e observação, subordinado à então Bateria de N. S. da Guia. A ideia da construção de uma fortaleza no alto do morro data de 1770, de acordo com o “plano para proteger a cidade com linha de defesa contínua”. As obras foram iniciadas em 1772 e a inauguração se deu em 1775, conforme as inscrições em latim, gravadas em mármore, na frente do Portão das Armas da praça de guerra, cuja tradução diz: “Governador José I Fidelíssimo Rei de Portugal, Providentíssimo Príncipe. Este forte foi fundado em 1775 e consagrado a São Luiz”. O Forte foi autônomo até 1811, quando foi incorporado à Fortaleza de Santa Cruz. Mesmo reativado em virtude da Questão Christie, em 1863, permaneceu sob aquele comando. 

Visitação: Terça a domingo, com visitação guiada às 10h e 14h

Tel: (21) 2710-7840 / 2711-0462 – ramal 36

Forte Barão do Rio Branco

As origens desse aquartelamento estão no Forte da Praia de Fora, fortificação que tem suas raízes no Brasil Colônia. Não há registros precisos sobre a época de construção do Forte da Praia de Fora. No entanto, tudo indica que ocorreu concomitantemente com o estabelecimento da Bateria de Nossa Senhora da Guia, no ano de 1567, na Ponta de Santa Cruz, tendo sido erigida para atender a necessidade de proteção do flanco daquela posição.

É certa sua participação durante incursões dos piratas franceses Duclerc e Duguay-Troin, respectivamente, em 1710 e 1711, quando a Praia de Fora era artilhada e ocupada com o efetivo de uma bateria. Em 1865, deu-se o início da construção da estrada que ligaria o Forte da Praia de Fora ao Forte D. Pedro II (denominação inicialmente escolhida para o Forte do Imbuhy). No ano de 1881, o forte foi artilhado com 24 canhões de bronze, portugueses, de alma lisa, calibre 24, recolhidos ao Arsenal de Guerra em 1902. No ano de 1887, o forte ganhou dois canhões “à barbeta”, calibre 17,78cm (7pol), fabricados na Inglaterra, em 1871, por Sir W. G. Armstrong.

Forte do Imbuhy

A iniciativa de construir a fortificação deu-se após a Questão Christie, em 1863, episódio diplomático em que o Brasil e a Inglaterra quase entraram em guerra. Entretanto, em 1596, o Forte do Imbuhy já havia sido uma das bases de combate à esquadra do holandês Van Dorth e aos avanços do francês Duclerc, em 1710. Em 1863, iniciaram-se as obras de um novo projeto que, passando por várias modificações, foi finalmente inaugurado em 1901. O Forte do Imbuhy ocupa uma área construída de 2.400 m², com cantarias de pedras retiradas da costa do mar, cimentadas com óleo de baleia, cal e mouriscos triturados, onde se sobressaem as cúpulas encouraçadas de ferro endurecido e aço-níquel, dotadas de canhões. Chega-se à fortificação por uma estrada arborizada, acompanhando um litoral, que termina nas praias de Fora e Imbuhy. 

 É uma área de preservação ambiental (APA) do município, localizado no alto do morro da Viração, numa altitude de 270 m, ocupando uma área de 149.388,90 m². Inaugurado em 1976, possui um mirante com uma visão panorâmica única das Lagunas, Praias Oceânicas, bairros de Niterói, Baía de Guanabara em toda a sua extensão e do mar aberto até onde a vista consegue alcançar. Avista-se também a cidade do Rio de Janeiro com alguns de seus bairros e a Ponte Rio – Niterói. Sua vista panorâmica teve pontuação máxima no Guia Verde Michelin. O Parque conta com duas rampas para a prática de voo livre.

 Apresenta um conjunto lagunar (Itaipu e Piratininga) e as praias de Piratininga, Sossego, Camboinhas, Itaipu e Itacoatiara. 

A história da região foi marcada por povos sambaquieiros, índios, portugueses donatários de sesmarias e jesuítas, que pode ser notada na arquitetura da Paróquia São Sebastião de Itaipu (1716) e do Convento de Santa Tereza (1784), onde funciona o Museu de Arqueologia de Itaipu. 

Entre os costumes dessa região ressalta-se a história da comunidade tradicional do Morro das Andorinhas, a pesca artesanal e a gastronomia, as manifestações culturais no Quilombo do Grotão nos finais de semana e a cultura rural dos haras no Engenho do Mato, onde foi tombado o Circuito Turístico Caminho de Darwin, local por onde passou o naturalista Charles Darwin em 1832. 

Divisor de águas da bacia do sistema lagunar de Piratininga e Itaipu, é o limite natural entre os municípios de Niterói, São Gonçalo e Maricá, apresentando uma cobertura florestal de Mata Atlântica em boas condições. É uma área de preservação permanente e por isso, ainda são encontrados no local animais como paca, mico-estrela, tatu, além de um grande número de aves. Nas baixadas, onde as florestas continham madeiras valiosas como o vinhático e o pau-brasil, o desmatamento abriu espaço para a agricultura e a urbanização. Ainda podem ser encontradas nas matas dos morros da região, plantas importantes da flora de Mata Atlântica.

Praça Leoni Ramos

Em homenagem ao prefeito Carolino de Leoni Ramos, que concluiu melhorias naquele logradouro no outrora denominado Largo de São Domingos — também chamado de largo do Palacete, devido ao prédio, hoje extinto, que chegou a hospedar o rei D. João VI e depois recebeu as primeiras reuniões da Câmara Municipal. A Cantareira é popularmente também chamada de “Lapa de Niterói”, em comparação ao bairro da Lapa na cidade do Rio de Janeiro, reduto da boemia carioca, à medida que em volta da praça há vários bares, pubs e restaurantes em seus casarões históricos, que reúnem jovens e estudantes, principalmente das faculdades da Universidade Federal Fluminense. No centro, o busto de D. Pedro II, fundido em 1920, no Rio de Janeiro e confeccionado por Ugo Taoidei. Foi adquirido cinco anos depois pela Associação Comercial e oferecido à cidade em comemoração do centenário de nascimento do imperador. Feito em bronze, está apoiado em uma esfera armilar giratória sobre base de granito bruto. A Praça Leoni Ramos é um dos mais expressivos conjuntos urbanísticos do bairro histórico de São Domingos, constituído por um casario de característica plural, com edifícios ecléticos, sobrados novecentistas e exemplares inspirados no art déco.